domingo, novembro 30, 2008

Post Extra

Como eu não devo conseguir postar amanhã (viajando a trabalho)e Sophia andou inspiradíssima esses dias, vai aí um post extra de domingo com duas pérolas da pequena.

No carro:

"Papai, põe a música do purício"?

"Purício? Não sei que música é essa, Sophia."

"Sabe, sim. Eu quero a música do purício."

"Eu não sei que música é essa, filha, canta pro papai."

E ela, toda compenetrada, me solta "O Ar", do Vinicius de Moraes.

"Purício é que eu não tenho forma, peso eu também não teeeenhooo, não tenho cooooor."


-*-*-*-*-*


Fernanda e eu compramos um fusquinha-baleiro para a Sophia. Era surpresa, então, durante uma compra de supermercado, separamos algumas balinhas e começamos a envolver a Sophia no clima do presente.

"Filhinha, quando a gente chegar lá em casa, vamos colocar essas balinhas em um lugar muito legal, sabia?"

"É?"

"É, sim, sabe onde?"

"Na boca?"




Sim, a criança andou impossível.




Direto na têmpora: Possum of the Grotto - Rasputina

sexta-feira, novembro 28, 2008

Qual é o pó

Eu tinha recebido e nem ia postar, mas tanta gente comentou, me mostrou e me mandou que eu não posso me furtar a divulgar este trabalho genial.

Só um detalhe pra vocês perceberem o gênio da coisa, eles usam a palavra "beleléu" na música e ainda rimam.



"Pó pará com o pó aê"




Direto na têmpora: Brand new day - Van Morrison

Promoção de natal

Caríssimos, chegamos às últimas unidades das caixinhas exclusivas com os copinhos de cachaça. Foram apenas 100 unidades para cada modelo e hoje temos apenas 20 de cada.

Sendo assim, farei um saldão com as últimas unidades.

Até a próxima sexta-feira, dia 5 de dezembro, as caixinhas custarão apenas R$ 65,00. Isso mesmo, R$ 65,00!

A partir do dia 6 de dezembro, se restarem ainda algumas unidades, o preço volta a ser R$ 75,00.

Ah, para os clientes de BH eu entrego em mãos, mas se você mora em outra cidade, o frete é por sua conta.

Então, aproveitem e divulguem. Um, dois e valendo! O email para fazer o pedido é: mauriloandreas@gmail.com.




























Direto na têmpora: Hardly Getting Over It - Bob Mould

quinta-feira, novembro 27, 2008

Hora certa

"Sophia, que horas são?"

"Quatro pra sempre."




Direto na têmpora: I'm a lady - Santogold

Zuim

Encontrei-me hoje pela manhã, por volta das 9h, com Jackson Drummond Zuim. Para quem não sabe, Zuim foi um dos grandes redatores publicitários de Minas Gerais, protagonista dos mais divertidos casos da nossa propaganda (alguns postados aqui) e ainda uma pessoa que abriu muitas portas para mim no início de carreira.

Vindo de uma época em que publicidade e boemia andavam quase sempre juntas (tempos bem mais divertidos, mas que cobraram um preço caro de muitos profissionais), era famoso por suas bebedeiras e por suas frases de efeito.

Por respeitar sua privacidade, não vou entrar em detalhes, mas o fato é que Zuim teve sérios problemas de saúde e hoje, bem mais magro, já está sem beber e sem fumar há 18 meses.

Mesmo sem a velha e tradicional voz de barítono, Zuim me mostrou um poema de sua autoria que, mesmo sem autorização, publico aqui.


Poeminha Abstêmio

Depois que parei de beber
Minha vida mudou
Do vinho para a água




Direto na têmpora: For once in my life - Frank Sinatra

quarta-feira, novembro 26, 2008

Rapidinha de nome

Uma historieta verídica e curta para vocês.

"Como é que você chama?"

"Deomar."

"Hahahahahaha. Deomar!? Hahahahahaa. Horroroso esse nome! Hahahaha."

"E você, como se chama?"

"Telemaco."

Cai o pano rápido.




Direto na têmpora: We're not alone - Dinosaur Jr.

10 pequenos prazeres

1) Emendar as festas de final de ano.

2) Comer doce no final de semana quando se está de regime.

3) Colocar a Sophia para dormir.

4) Rever as fotos das viagens que fiz com a Fer.

5) Descobrir que sua voz não é tão ruim quanto você imaginava.

6) Perceber que tem gente querendo ouvir o que você tem a dizer.

7) Descobrir que tentaram furar seu olho com o chefe através do próprio chefe.

8) Aprender algo novo e aplicar o que aprendeu.

9) Comprar os presentes de natal.

10) Lembrar que a vida tem mais possibilidades do que querem que você acredite.




Direto na têmpora: State of love and trust - Pearl Jam

terça-feira, novembro 25, 2008

And now for something completely different

Se você gosta de Monty Python eu tenho uma ótima notícia para você. Se você não gosta de Monty Python, eu tenho muita piedade de você. Se você não conhece Monty Python, saudações para a família aí em Júpiter.

Agora existe um canal oficial do Monty Python no Youtube. Clipes em alta qualidade, materiais raros, enfim, uma grande festa. E para dar um gostinho, seguem dois filmetes para vocês.



Todo esperma é sagrado, segundo Michael Palin.




Uma raridade Pythoniana.




Direto na têmpora: From Red To Blue – Billy Bragg

Mijando no próprio pé

Eu já disse que odeio o termo "do bem". Acho bobo, coisa de modinha, fraco. Mas esse é um problema meu. No entanto, vou fazer aqui algo que odeio e condeno, mas juro que é só essa vez (e teve aquela do motel mais antiga, vai): vou criticar uma campanha publicitária daqui de BH.

Falando sério, "Natal do Bem" não é legal. Pelo menos não para mim. Até porque não consido deixar de pensar em sua oposição: existe natal do mal?

Talvez um Papai Noel pedófilo e elfos que batem carteira dos transeuntes. Presentes estragados, a avó cuspindo no peru que vai ser servido para a família e um trenó movido a diesel e poluindo os céus.

Eu sei, eu sei, eu sou um velho resmungão e não há nada errado com a campanha. O problema, como eu já disse, é comigo mesmo.




Direto na têmpora: My name is Jonas - Weezer

segunda-feira, novembro 24, 2008

Tem foundphotos, quer um pedaço?


A última foto de Billy ainda com as calças secas na festa da irmã.




"Seu marido não vai chegar agora, vai?"




"Ah, sim, meus pais ficaram superfelizes com meu casamento."




Direto na têmpora: The Talking Asshole - Frank Zappa

O pequeno outro

Existem poucas maneiras mais fáceis de alguém parecer bom do que fazer os outros parecerem ruins. Eu sei, eu já usei essa tática e ela funciona bem em certas discussões.

Acredite, eu não me orgulho disso. É uma estratégia baixa, que desvia o foco das suas limitações e deficiências em determinado assunto para o oponente de forma geral.

Nizan usou isso na discussão com Fabio Fernandes quando, ao invés de discutir em alto nível, fazia caretas para o público a cada crítica de Fabio.

Jogadores de futebol fazem isso quando têm dificuldade em marcar algum adversário de equipe menor e desandam a falar sobre salários.

O Muricy fez isso com os jornalistas ontem quando disse que o time seria blindado e que agora "acabou entrevistinha exclusiva", como se não houvesse importância na função dos outro. Em seguida desculpou-se.

Alguns clientes são assim, referem-se ao trabalho publicitário como algo menor e escondem suas limitações, seu despreparo, sua total incapacidade de analisar tecnicamente uma peça atrás de diminutivos e brincadeirinhas.

Infelizmente não são raros clientes assim. Mesquinhos, bobinhos, pequenos. Clientinhos.




Direto na têmpora: Are you gonna be my girl? - Jet

sexta-feira, novembro 21, 2008

“You’ll still be here tomorrow, but your dreams may not”

Cat Stevens estava certo. Quanta coisa na qual eu acreditava não tem hoje a mínima importância. Quantas verdades absolutas hoje viraram pés de página. Quantas brigas compradas, rancores nutridos, desejos que consumiam noites hoje valem menos que nada.

Hoje preciso de coisas mais simples, mas nem por isso menos importantes. O mundo que eu quero não é o que eu queria, as coisas que eu busco nem me passavam pela mente.

Sonhos, verdades, necessidades, tudo muda com a gente. E a gente muda pra caramba. Como dizia McCartney, “I’m not half the man I used to be”, mas talvez seja dez vezes mais.




Direto na têmpora: Father and Son – Johnny Cash (with Fiona Apple)

Nirvana

Uma das minhas bandas favoritas. Até hoje lembro exatamente onde estava quando ouvi "Smells like teen spirit" pela primeira vez. Aí, entrei no Call Me James e vi este vídeo do MTV Awards de 92. Sensacional. Antológico. Do caralho. Olhaí.



Assisti esse MTV Awards pela tv ao vivo. Acho que Diogo estava junto.




Direto na têmpora: Live forever - Oasis

quinta-feira, novembro 20, 2008

Eu sorteio, você paga o prêmio

Eu conheci brevemente o Pedro Lucas quando estive em Patos de Minas participando da campanha de José Humberto para prefeito em 2000. Já naquela época ele era um dos vereadores mais votados, se não o mais votado, da cidade.

Sempre foi um cara independente, sem compromisso com esse ou aquele e totalmente imprevisível. Até aí, tudo bem, mas agora o cara se excedeu: em uma atitude que está sendo contestada pelo Ministério Público, resolveu que vai escolher, entre toda a população de Patos, seus assessores via sorteio.

Morou em Patos, pode ser analfabeto ou oponente, é só se inscrever e colocar o nome no papelzinho para concorrer ao cargo.

"Ele vai ganhar o quê, Lombardi?"

"Ele vai ganhar um belo cargo de assessor na Câmara de Vereadores de Patos de Minas, Silvio, com o patrocínio das lojas Tamakavi e do bolso do contribuinte."

Tá certo que alguns assessores, vereadores, deputados, senadores, etc, parecem ter sido escolhidos por sorteio também, sem o menor critério, mas daí a colocar a coisa assim, escancarada, é bravo.

E o que é melhor, quem vai pagar o salário de R$ 1850,00 para alguém cuja única competência comprovada é ter sorte não poderia ser ninguém menos do que... o povo, claro.

Quer saber? É tudo papo furado meu. No fundo, no fundo, a gente gosta mesmo é dessa bandalheira e fica reclamando só pra fazer tipo. Se eu pudesse, nesse segundo turno pra prefeito de BH, aprovaria o sorteio do Pedro Lucas. E sem o menor peso na consciência, feliz, feliz.




Direto na têmpora: Around the bend - The National

A bexiga

Você já viu uma bexiga? Bexiga mesmo, do corpo humano. Pois bem, de todos os elementos do nosso corpo, o que mais admiro é a bexiga.

A capacidade média da bexiga urinária é de 700ml a 800ml e é ela que me faz aguentar reuniões intermináveis, esperar surgir o próximo posto na estrada ou assistir a um filme sem me molhar inteiro, principalmente se levarmos em conta o meu consumo abusivo de Guarah ou Coca Zero (sim, o vício permanece).

E me parece incrível o poder que a bexiga tem de mobilizar o resto do corpo quando atinge o seu limite. As pernas se enroscam involuntariamente, o queixo treme, as mãos ficam suadas, tudo isso para preservar suas calças e sua dignidade.

A bexiga é uma vitoriosa, uma heroína que não recebe o reconhecimento que merece. Mas não aqui no Pastelzinho. Aqui, a bexiga reina dilatada, cheia, sempre a um segundo da explosão, plena e esplendorosa.

O coração é legal, os rins são bacanas e até a vesícula é joinha, mas a bexiga sim, merece toda a nossa admiração. Por isso, se você urina, dê um abraço na sua bexiga. Ela merece.


Minha "ídola", a bexiga.


PS - Este post não possui nenhum objetivo ou sentido escuso, é apenas o reconhecimento à parte do corpo que me possibilitou vir do Barroca até Nova Lima sem inutilizar o estofado do carro.




Direto na têmpora: Valentine - The Replacements

quarta-feira, novembro 19, 2008

Esquecimento

Não sei se foi o Borges quem disse que o esquecimento é o único perdão e a única vingança. Ou algo que o valha.

Pois bem, eu tenho enorme facilidade em reconhecer rostos e lembrar nomes, mas uma imensa dificuldade em recordar se a pessoas era um bom amigo ou um amargo desafeto. Já cumprimentei efusivamente um caloteiro no supermercado só para, 30 segundos depois, lembrar quem ele era e fechar a cara.

Tem um filme chamado Desafio no Bronx, dirigido pelo Robert De Niro, em que um dos personagens vive querendo pegar um outro rapaz que deve uma grana a ele. Um mafioso mais velho então pergunta:

"Você é amigo desse cara?"

"Não."

"Você gosta dele?"

"Não, ele é um babaca."

"Quanto ele te deve?"

"20 dólares."

"Pronto, considere que você pagou 20 dólares pra nunca mais ter que olhar para a cara dele."

Às vezes eu consigo agir assim e transformo gente que eu não gosto em posts sacanas ou simplesmente me esqueço deles. Normalmente eu consigo e isso é bom.




Direto na têmpora: Famous for nothing - Dropkick Murphys

Roubado do Miséria Humana

Olha, mãe, tem um pênis enorme na nossa piscina!







Direto na têmpora: Common People - Pulp

The horror, the horror

Pois bem, alguns de vocês já sabem, mas optei por um TIM Fixo. Ao contrário da primeira mula que me atendeu e informou que eu não poderia receber o fone em um lugar e pagar em outro, uma segunda funcionária explicou que a outra sofria de algum tipo de demência e concretizou a venda.

Ficou combinado que a cobrança iria para o endereço residencial e que o telefone chegaria aqui no trabalho pra mim, afinal, é onde eu passo a maior parte do dia e a chance de me encontrar cresce exponencialmente.

Pois bem, o aparelho chegou hoje (suspiro longo e doloroso) lá em casa.


PS – O que me faz manter a sanidade é que poucas coisas são mais engraçadas do que a Sophia imitando o Randolph, do Monstros SA.




Direto na têmpora: Little Red - Kate Nash

terça-feira, novembro 18, 2008

Twitter Style

Fala a verdade, até os avisos de manutenção do twitter são do caralho. Depois da baleinha, saca só o sorvetinho. Parece até coisa do threadless.



Sei lá, achei legal, sabe.




Direto na têmpora: Jump - Aztec Camera

Fala que nem homem, caraya!

Um amigo meu está fazendo um livro para um artista. O prazo se aproximando do final, a coisa apertando, o artista liga e começa com o papinho “sabe como é, muita coisa acumulada, correria, se precisar você fica fim de semana pra gente dar um gás, né?”.

No que meu amigo respondeu prontamente. “Não. Se quiser você vire as noites e me entregue no prazo”

Perfeito e coisa que deveria ser feita mais vezes por diversos setores de atividade e, mais especificamente, por diversos setores de uma agência. Aí, vendo esse caso, lembrei de um amigo de Ipatinga que, junto com outros dois foi para a sala do temido Professor Tavares por alguma bagunça.

“Denílson, quanto tempo você acha que merece de suspensão?”

“Ah, Professor Tavares, eu acho que já me arrependi, sei que estava errado, um dia está bom.”

“E você, Marco Valério?”

“Eu acho também, Professor Tavares, um dia tá bom.”

“Tarcísio, e você? Quantos dias?”

“Duzentos, trezentos, quinhentos, pode fazer o que quiser, eu já passei mesmo.”

Enfim, às vezes a gente tem que lembrar que falar grosso não dói. E, mais importante, é fundamental.




Direto na têmpora: Dr. Satan's Echo Chamber – The Upsetters

segunda-feira, novembro 17, 2008

Momento Sophia


Sexta-feira, acompanhando Madame Fernanda Comelli em sua visita ao salão de beleza.




O Caipora e Sophia, sábado último no Literaturas.




Eu temia o Homem do Saco. Sophia nem liga.




Pose descontraída antes do badalado evento de domingo.




Sophia Musetti (Minnie) e Julia Bernardi (Cinderela) com a aniversariante e também princesa Luana Jacques em momento de descontração.




Direto na têmpora: Glue Girls - Someone Still Loves You Boris Yeltsin

Torcedor de c... é r...

Estava acompanhando essa briga entre os torcedores do Palmeiras e o Luxemburgo no aeroporto e relembrando um conceito que sempre tive na cabeça: cara que vai atrás de jogador (ou técnico) de futebol pra dar porrada é porque não conhece os prazeres do sexo.

Ou de ficar deitado no sofá. Ou de um bom livro. Ou mesmo de rever o jogo pela televisão.

Adoro futebol, mas não cabe na minha cabeça esse tipo de atitude. Primeiro, se o jogador é ruim, a culpa não é dele, é da diretoria que deu o emprego a ele. Demite, caramba. Se o cara sai pra beber à noite e rende em campo, tudo bem. Se não rende, banco ou rua. Por que é que eu vou perder o meu tempo brigando com um cara desses?

Mas, enfim, futebol é paixão. Se bem que eu nunca saí pra dar porrada em alguma paixão minha.




Direto na têmpora: Foux du Fafa - Flight of the Conchords

sexta-feira, novembro 14, 2008

Atendimento

Meu telefone da NET Embratel teve problemas durante uma semana seguida. Agendei a visita e ninguém apareceu. Liguei para reclamar e vieram me dizer que o problema não era na minha casa, por isso não foram até lá. Mentira, minha linha continuava sem funcionar.

Fiquei puto e cancelei o fixo da NET Embratel.

Liguei para a GVT e fui muito bem atendido. Marcaram a instalação para o dia seguinte. Ligaram em seguida explicando que não iam instalar, mas apenas avaliar questões técnicas. Nunca apareceram.

Fiquei puto e cancelei o fixo da GVT antes mesmo da instalação.

Liguei para a OI. 6 pessoas me atenderam e foi impossível que qualquer uma delas me passasse sequer as opções de linha, pacotes e preços.

Fiquei puto e nunca sequer peguei o fixo da Oi.

Vou ficar sem telefone fixo em casa e foda-se. Em um mercado com tanta empresa porcaria, me recuso a ter contato com essa gente. Se quiserem, me liguem no celular.

Ah, é preciso fazer um adendo. A TIM, obviamente, não poderia me decepcionar. FEchado o pacote, disseram que eu teria que estar em casa para receber o aparelho e deram um prazo de até 10 dias para a entrega. Argumentei que trabalho e que não poderia ficar 10 dias em casa esperando, será que não poderiam entregar no trabalho? Não, se entregarem aí, a cobrança tem que ir para este endereço. E se eu for demitido amanhã? É um problema seu, senhor.




Direto na têmpora: Star sail - The Verve

Gente, é um foundphotos mesmo, olha!


"Dieta pra quê, amor, você tá ótima."




Essa experiência de transporte coletivo em San Francisco não foi bem aceita no resto do país.




"Eu e Fifi não vamos usar esses chapéus ridículos nem fodendo."




Direto na têmpora: From the valley to the stars - El Perro Del Mar

Eu não falo a sua língua

Você sabe o que é andar de fasto? E o que significa niquinha? Bom, essas são algumas expressões daqui do interior de Minas que pouca gente conhece, mas que para quem é do lugar soam perfeitamente normais.

Quando morei em Curitiba, quase matei algumas pessoas de rir quando chamei “temporal” de “toró”. E não ficou por aí. Na primeira vez que fui comer um cachorro quente, o rapaz me perguntou se eu iria querer com uma ou duas vinas.

Sem saber o que significava aquilo e, com minha estupidez típica, preferi não perguntar o que era. Deduzi que fosse vinagrete e mandei logo “quero o meu sem vina”.

O rapaz começou a rir e perguntou: “você não é daqui não, né?”

Para quem não sabe, em Curitiba “vina” é como eles chamam “salsicha”.



PS – Pra quem ficou curioso, “de fasto” significa “de costas” e “niquinha” é moeda, imagino eu por causa de alguma época em que as mesmas eram feitas de níquel.




Direto na têmpora: Polizia Molto Arrabiata - Goran Bregovic

quinta-feira, novembro 13, 2008

Exercícios

Ao invés de combater o fumo, o governo deveria começar hoje mesmo a combater o esporte. Depois de um ano de saudável inatividade, retornei ontem ao cruel e desagradável mundo da atividade física apenas para acordar hoje como quem passou a noite apanhando.

O plano divino para o homem foi muito claro: "sentarás em teu sofá, assistirás televisão, tomarás cerveja e comerás porcaria". Agora, não me pergunte qual o plano divino para as mulheres porque eu não faço a mínima idéia.

Era pra ser assim e pronto, sem complicação. Acho até que o Veríssimo tem um texto maravilhoso sobre isso, mas estou muito dolorido pra procurar.

A verdade é que o programa "Cansei de Ser Nhonho" cobra de mim este esforço e eu faço diligentemente, mas sem nenhum prazer. Quando tudo parar de doer, escrevo mais.




Direto na têmpora: Woo Hoo - Kings of Leon

Daily Mugshot






Direto na têmpora: I love you, Suzanne - Lou Reed & Velvet Underground

quarta-feira, novembro 12, 2008

Mundinho e o Vô

Mundinho está em uma sala, em frente ao computador, vidrado em algum jogo. Vô chega da porta e diz:
Oi, Mundinho.

Mundinho responde com um resmungo.
Hmmmmm.

A cena se repete ainda umas 3 vezes. Corta para o avô lendo um livro na sala, quando chega o Mundinho.
Brincou muito, Mundinho?

Muito.

Ele pára um pouco e pergunta.
No seu tempo você ficava só lendo, vô?

Claro que não, a gente brincava o dia inteiro quando não estava na escola. Só que não era assim, trancado na sala, não. A gente brincava de peão, bola de gude, pipa, até bicho a gente fazia.

Bicho? Como assim?

Ah, a gente fazia fazendinha. As batatas eram os bois.
(Mundinho então imagina um boi todo feito de batatinhas do McDonalds)

As cebolas eram os porquinhos.
(Mundinho imagina um porquinho feito de rodelas de cebola)

As cenouras eram os cavalos
(mais uma vez Mundinho viaja em um cavalo laranja, feito de cenoura)

Peraí, vô, não to entendendo nada.

Vem cá, vou te mostrar.

Cenas mostram o Vô mostrando ao Mundinho como se faz os bichinhos, colocando os palitos, fazendo o cercadinho de cartolina, etc.

Corta para o avô sentado na poltrona.
É, acho que o Mundinho gostou da brincadeira de hoje cedo.

Ele vai se levantando, passa na cozinha e pergunta para a cozinheira.
Ô, Ana, hoje vai ter aquele purezinho que eu gosto?

Purê? Hum, seu purê ta é pastando no quintal.

Avô faz cara de desentendido e corta para Mundinho com todas as batatas da casa, entretido em uma megafazendinha.




Direto na têmpora: Green Fields - The Good, The Bad & The Queen

Explicação

Para quem não trabalha com propaganda, ou mais especificamente com criação, vou tentar explicar em poucas linhas o que a gente passa diariamente:

“Olha, adorei esse negócio que você inventou. Chama motocicleta, né? Criativo, diferente, perfeito. Só precisa fazer uma mudancinha, ao invés de duas rodas, coloca quatro e tá legal. Pronto, agora ficou jóia!”


PS – O jurisconsulto Rogério Fernandes é a estrela do blog da Ibô Galeria / Atelier. Quem quiser, confira aqui: Rogério Fernandes na Ibô.




Direto na têmpora: Wrong Way - Sublime

Os dois porquinhos

Eu não sou um rapaz prendado. Até me viro, mas não sou um primor em nenhum quesito de cuidados com um lar, seja lavar, passar, cozinhar ou limpar. Faço tudo, mas nada disso eu faço bem.

Na época em que morei em Curitiba, dividia o apartamento com outros 3 caras, sendo que dois deles não eram o que se pode chamar de asseados. Ou seja, se eu e o Leandro não ralássemos pra deixar o apartamento habitável a coisa simplesmente degringolava.

Uma tarde, cheguei ao apê e fui assar um pão de queijo. Ao abrir o forno me deparo com os restos mortais de alguma ave já cobertos por um suave bolor. O cheiro variava entre nauseabundo e vagamente mortal.

Com ódio no coração, retirei o falecido e torrado animal, depositando-o sobre a cama do facínora responsável.

E o pior: ele chegou, pegou o cadáver decomposto e colocou na pia sem dizer uma palavra e sem aparentar nenhuma surpresa. No mínimo achou que tinha mesmo esquecido o lanchinho na cama.




Direto na têmpora: Speeding cars – Imogen Heap

terça-feira, novembro 11, 2008

O suicídio das sereias (parceria com Rogério Fernandes)

Em meio a tanta água, ninguém vê as lágrimas da sereia. Cegou-se com a tinta da sépia e suicidou-se a primeira, cravada em um peixe-espada.


A segunda sereia, divida entre peixe e humana, enfurnou-se em uma cova e de lá não mais saiu. Morreu sozinha, única, inteira, enfim.


Ninguém sabe por que a terceira sereia se matou, já que os pescadores, impressionados com o raro cadáver, nem notaram o bilhete escrito em alga.


No mar não existe o salto no vazio, nem afogamento ou cordas para se enforcar; no mar é muito difícil se matar, por isso a quarta sereia, lambuzada de Cenoura e Bronze, suicidou-se turista, besuntada na areia.




Direto na têmpora: The race is on again - Yo La Tengo

Coisinha rápida.

O gás de cozinha tem cheiro para que a gente possa identificar um vazamento. Os canários eram colocados nas minas porque, em caso de vazamento de gás ou falta de oxigênio, sei lá, morriam primeiro e os homens se salvavam.

Estou pensando em comprar um canário sensível ao maucaratismo. Ou então propor que os estúpidos venham equipados com algum odor característico. Fica mais fácil evitar acidentes.




Direto na têmpora: Urubu tá com raiva do boi - Baiano e os novos Caetanos

segunda-feira, novembro 10, 2008

Polaroid

Eu adoro a textura e as cores das fotos Polaroid, sem falar no processo de revelação instantânea. No entanto, tenho uma máquina Polaroid que fica só enfeitando minha mesa no trabalho sem nenhuma utilidade prática, já que o filme é caro pra caramba e dificílimo de achar.

Pois faz um mês descobri, não lembro como, um programinha para macintosh que converte qualquer foto para o "estilo" Polaroid. Fiz três fotos recentes passarem por lá e o resultado é bem bacana. Saca só.
















Direto na têmpora: Sleeping In – The Postal Service

Feirão

A reforma no apartamento teve uma peculiaridade: a gente mexeu, mexeu, mexeu e o espaço diminuiu. Bom, o espaço não, mas a quantidade de armários, sim. DEvido a este fato curioso, fiz um saldão aqui na DP e, na parte da manhã, foram embora 18 Archive, um livro do Laerte / Glauco / Angeli e 4 anuários (sobrou 1, por enquanto). Na parte da tarde, trouxe cerca de 100 cds e restam apenas 23 (incluindo Piazzola, Grant Lee Buffalo, Bjork).

Claro que os preços eram simbólicos, mas posso dizer que foi um sucesso. E se sobrar alguma coisa até o fim do dia, coloco à venda aqui no pastelzinho, junto com os copinhos de cachaça (gente, o natal tá chegando) e três móveis (alguém aí separou ou vai mudar?).

No mais, eu adoro essa vida de trocas e vendas pessoais. Se dependesse de mim, poderia ser esse o mercado real. Trocar uma geladeira por uma cama, um tratamento dentário por uma tv, coisas do gênero.

É utopia, claro, mas sempre que faço coisas assim, ainda acho que a gente tem jeitos mais bacanas de consumir e produzir. Mas, enfim, eu sou um velho resmungão.




Direto na têmpora: When Mute Tongues Can Speak – The Posies

sexta-feira, novembro 07, 2008

Convite

Se você já conhece o Para Francisco, listado aí ao lado, sabe que esse é um convite imperdível. Se conhece a Cris Guerra ou conheceu o Gui Fraga, também. Se não conhece, visite o blog e não perca: dia 18 tem lançamento do livro da Cris Guerra em BH e quem puder ir, deve aproveitar a chance. Uma obra de uma delicadeza sem tamanho.





Ah, antes que eu me esqueça, enquete nova aí do lado.




Direto na têmpora: Milky Way - Shonen Knife

Medo

Quando eu era criança, tinha 3 grandes pavores: a loura do banheiro, que assombrava o banheiro masculino com algodão no nariz e tudo mais; o homem do saco, que pegava a molecada, colocava no saco e sumia com elas e o bandido da cartucheira.

Mas o que é que o bandido da cartucheira, um reles marginal, tinha a ver com duas lendas urbanas? Não sei, mas era a primeira invasão do mundo adulto nos medos infantis.

A gente tinha medo de fantasma, mas não tinha medo de assalto. Acreditávamos em assombração, mas achávamos que trancar as portas ou fechar as janelas da casa era exagero de adulto (e foi, durante algum tempo).

Mesmo o bandido da cartucheira era mais uma invenção dos adultos para assustar do que uma preocupação real. Inventávamos nossos próprios medos e pronto.

Hoje, com tantos medos reais, tantos limites, tantas preocupações, quero mais é que a Sophia seja amiga de fantasmas e monstros, se dê bem com assombrações, adore vampiros e caveiras. A vida já já é assustadora o suficiente.




Direto na têmpora: Sleep - Dandy Warhols

quinta-feira, novembro 06, 2008

Caso a caso

O fato nunca é tão importante quanto as memórias da gente. Não interessa o que aconteceu de verdade e sim o que você sente em relação aquilo. Por exemplo, aquele carnaval em Porto Seguro no qual você passou fome, pagou caro por tudo e ainda ouviu música que odiava, não é necessariamente ruim se hoje você se lembra dele com a saudade boa dos amigos.

Pois é assim que algumas pessoas ficam na memória da gente. É claro que nem tudo aconteceu como a gente lembra, mas e daí? Vale a memória, mesmo que mascarada de emoção. Vale a pessoa que a gente ainda sente e não a que existiu.

Deve ser por isso que cada história que eu conto é diferente do que os outros se lembram. Porque tem o tempero dos anos, porque mudaram as pessoas, porque eu estou ali. Sim, existe em cada história um pouco de quem eu era e um tanto de quem eu sou.

E assim eu continuo contando um novo caso a cada dia, mesmo que ele não tenha sido realmente engraçado, mesmo que nunca a vida tenha sido tão boa assim, mesmo que eu nunca tenha sido aquele. É assim eu me reconheço hoje e ontem. É assim que eu me construo.




Direto na têmpora: The Queen of Texas - Ballboy

A história

Tenho 37 anos. Apenas 6 anos antes do meu nascimento, os negros (desculpem, me recuso a usar afro-descendentes, mas aceito sugestões) americanos ganharam direito de voto. Há 53 anos, os negros não podiam sentar nos mesmos assentos que os brancos nos ônibus estadunidenses.

Em termos de história, 50 anos são nada, mas basta uma pequena comparação para perceber o absurdo desse fato.

Os Beatles já faziam sucesso e os negros não podiam votar. O Brasil era bicampeão mundial de futebol e os negros não podiam votar. Brasília já havia sido construída e os negros não podiam votar.

De lá pra cá o ser humano mudou para melhor? Não sei, tenho minhas dúvidas. Na minha pessimista opinião, somos uma raça destinada a existir ao invés de evoluir, mas a vitória de Obama nos EUA, independente do sucesso de seu mandato como presidente, diz alguma coisa boa.

Foi a melhor decisão política para o país? Não posso opinar. Mas a escolha que se faz com esperança, sem ranço, já me parece vitoriosa no próprio nascimento. Que sejam bons e novos tempos para todos.


PS - Tem enquete nova aí do lado. Participe.




Direto na têmpora: Love comes - The Posies

quarta-feira, novembro 05, 2008

Sebastião e Danilo oficial

Pois bem, agora é oficial. Acabo de comprar na banca a Revista Nova Escola e lá está meu conto ilustrado pelo Roger (Rogério Fernandes). Reproduzo aqui, mas é claro que aqueles que preferirem comprar serão muito bem vindos.







Direto na têmpora: Life is sweet -Natalie Merchant

Nomes

Marisa Monte teve uma filha chamada Helena. Estaria tudo bem se o primeiro filho dela não se chamasse Mano Wladimir (ou Mano Vladimir, sei lá).

O que vai acontecer com a cabeça do irmão mais velho quando ele se der conta que vai se chamar, pro resto da vida, Mano Wladimir enquanto a irmã se chama Helena? É uma puta sacanagem. Coerência é fundamental nessas horas, gente: ou fode a vida da filharada toda ou põe nome normal sem exceção, pô.

Um bom exemplo é a Baby Consuelo, que mandou logo a linhagem de Riroca (hoje Sarah Sheeva), Zabelê, Nana Shara, Kriptus Rá Baby, Krishna Babye e Pedro Baby. Pronto! Ninguém reclama e tá todo mundo na lama.

Agora, Mano Wladimir e Helena, não rola. O moleque vai acabar achando que é pessoal.




Direto na têmpora: The Impossible Dream (The Quest) - Elvis Presley

terça-feira, novembro 04, 2008

Música tema

Todo mundo sabe (quer dizer, todo mundo que lê isso aqui faz um tempinho) que minha música com Sophia é Blackbird, dos Beatles.

Pois outro dia achei essa versão japonesa com uma animação linda que ela simplesmente adora e fica pedindo pra ver toda hora. Do sotaque japonês à simplicidade das ilustrações, um videozinho imperdível.








Direto na têmpora: Ribbons of glass - J. Tillman

Família salamandra

Dizem que existe uma divisão entre “cat people” e “dog people”. A Tetê é a “cat people” mais adorável que eu já conheci. Eu e Fernanda somos definitivamente “dog people”, o que não nos impede de nos relacionarmos extremamente bem com “cat people’ como a Tetê.

Enfim, sempre fui louco por cachorros, tenho inclusive um bulldog tatuado na minha perna direita (ilustração do Gui Fraga). Hoje, não sei se teria outro.

Cães têm o péssimo hábito de morrerem antes da gente, de serem carinhosos mesmo que ofereçamos a eles um mínimo e de não fazerem perguntas quando estamos tristes. Não sei se estou preparado para conviver novamente com seres assim se não puder me dedicar de verdade.

Acho que minha fase de dono de cães vai voltar na velhice, quando tiver mais tempo. Até lá, preciso apenas convencer a Fernanda a me deixar comprar salamandras novamente. Deixo até ela dar o nome. Vai dizer que não vai ser bacana dizer que somos “newt people”?




Direto na têmpora: Bird on a wire – Leonard Cohen

segunda-feira, novembro 03, 2008

O valor do blog

O Inagaki passou um link onde você calcula quanto vale o seu blog. Pois bem, pra quem dizia que o Pastelzinho não vale nada, segue o desmentido: US$6.774,48 é o valor definido pelo site.

Por seis mil dólares redondo eu vendo agora, interessa?


Calcule aqui quanto vale o seu blog.




Direto na têmpora: The state I am in - Belle & Sebastian

Resmungos

Eu sou de uma época diferente da Fórmula 1. Do tempo do Coopersucar, do acidente do Niki Lauda, dos motores turbo ou aspirados. Eu, por exemplo, nunca fui fã do Senna. Gostava, respeitava como piloto, mas era fã mesmo do Piquet, que além de mandar bem na direção, ainda dormia no carro antes da prova, não tinha papas na língua e estava sempre mal humorado.

Agora, ontem foi uma corrida inesquecível. Não digo que recuperou meu interesse pela F1, mas valeu a pena assistir. Hamilton mereceu como já havia merecido (e perdido) ano passado. Perder novamente seria injusto com um piloto tão jovem e talentoso. E Massa deu pinta de que pode levar ano que vem se a Ferrari deixar. Enfim, teve bom pra todo mundo.

Mas como eu não entendo e nem interesso pelo assunto, deixa eu voltar a algo que sei fazer bem: falar bobagem. Eu já disse e repito que odeio as expressões “de raiz” e “do bem”. Não é que eu não goste, é que eu odeio mesmo, do fundo da alma.

No meu dicionário, “do bem” = “chato” e “de raiz” = “pretensamente verdadeiro”. Existe samba e um monte de coisas que vieram depois. Existe jazz e sua evolução. Existe o rock e suas vertentes. Rock de raiz, jazz de raiz ou samba de raiz é embuste.

Aí, dona Andréa Martins vem me contar que viu, neste fim de semana, na Serra do Cipó, uma faixa que anunciava um concerto de “música erudita de raiz”.

Acredito piamente que chegamos ao fim dos tempos, que uma criança com cabeça de bode nascerá prevendo o futuro e que a Angelina Jolie vai começar a me ligar incessantemente querendo meu corpo.

Enfim, eu sou um velho resmungão.




Direto na têmpora: In This Home on Ice – Clap Your Hands Say Yeah

Argumento para um possível futuro conto

Apesar do nome romano, Julius não ia à missa. Acreditava em Deus quase que hereditariamente, sem se questionar sobre o tema ou mesmo dar alguma importância ao assunto. Acreditava e que não perguntassem muito, isso bastava, ir à missa era exagero de beatas.

Sua mulher, Mariana, era devota de Santa Rosa de Lima e freqüentava a igreja assiduamente, não apenas aos domingos, mas em importantes trabalhos sociais e de arrecadação de fundos em benefício da paróquia.

Viviam bem assim, aceitando o que um considerava falha ou exagero no outro.

Quando o filho único morreu com um tiro durante um assalto, viveram o luto juntos. Enquanto ele entregou-se à religião, buscando algum tipo de redenção, ou paz, ela deixou de acreditar, abriu mão da fé.

Ainda opostos, sempre.




Direto na têmpora: Different names for the same thing - Death Cab for Cutie

domingo, novembro 02, 2008

Dona Sophia, a louca II

O que é isso, mamãe?

Chuchu, Sophia.

Não vou comer chuchu.

Ah, é? Por quê?

Porque agora eu não como mais nada verde claro.




Sophia e Fernanda (que não dirige) descendo para compras ao lado de casa.

O papai não vai com a gente?

Não.

Ah, é? E como você vai fazer pra dirigir sozinha?




Olha, papai, o Papai Noel de noiva!





Direto na têmpora: My favourite game - Cardigans